NYT: Presidente do Haiti estava investigando autoridades ligadas ao tráfico de drogas quando foi morto
Autoridades haitianas prenderam 45 pessoas, mas ainda não acusaram ninguém pelo crime

Foto: Reprodução / Agência Brasil
O jornal The New York Times informou, no último domingo (12), que o então presidente haitiano Jovenel Moise estava montando uma lista de autoridades e empresários ligados ao tráfico de drogas quando foi assassinado em julho. Segundo o jornal americano, ele pretendia dar os nomes ao governo dos Estados Unidos.
O presidente foi assassinato por um grupo de homens armados, inclusive ex-soldados colombianos, que invadiram sua casa na calada da noite. Autoridades haitianas prenderam 45 pessoas, mas ainda não acusaram ninguém pelo crime.
Conforme o Times, alguns dos presos confessaram que recuperar a lista com nomes de suspeitos de traficar drogas era uma prioridade, citando três autoridades haitianas de nível sênior que têm conhecimento sobre a investigação.
"O documento era parte de uma série de confrontos maiores entre Moise e políticos e empresários poderosos, alguns suspeitos de envolvimento com tráfico de narcóticos e de armas", escreveu o jornal.
Um porta-voz do escritório do primeiro-ministro Ariel Henry não respondeu imediatamente a um pedido de comentários.
A morte de Moise deixou um vácuo de poder no Haiti, que alimentou uma onda de sequestros por parte de gangues que agora controlam boa parte do país caribenho.
O governo prometeu fazer justiça, mas autoridades do Judiciário dizem ter sofrido intimidação e ameaças de morte.