O resgate afetivo do morar: arquitetura que acolhe!

Mais do que paredes e mobiliário, a verdadeira essência de um lar está nas histórias que ele guarda e nas emoções que desperta. Na arquitetura, o afeto pode ser o fio condutor que transforma espaços em refúgios, conectando pessoas por meio de memórias, rituais e encontros. Receber familiares e amigos, cozinhar juntos, preservar elementos originais da casa ou criar cantos de conversa são gestos que, somados, constroem ambientes com alma.
Essa abordagem coloca a experiência humana no centro do projeto. É a arquitetura que acolhe, que respeita a história do morador e que, ao mesmo tempo, oferece conforto contemporâneo. Materiais naturais, iluminação suave e a harmonia entre passado e presente tornam-se ferramentas para expressar cuidado e carinho.

Exemplo dessa filosofia pode ser visto na CASACOR Bahia 2025, com o Living Gourmet, assinado pelas arquitetas Erla Ribeiro Visco e Gabriela Giannotti. O espaço nasceu da união entre funcionalidade e afeto, com foco na arte de receber e nos laços familiares. “Acreditamos que o verdadeiro luxo está no conforto emocional que um espaço proporciona. Queríamos criar um lugar onde as pessoas se sintam abraçadas, seja por meio das texturas, da iluminação ou da memória evocada por cada elemento”, afirma Erla.

O ambiente integra cozinhar, conviver e celebrar, tendo como destaque a madeira pau ferro nos painéis e marcenaria, e o piso tabuado original, preservado e restaurado como símbolo de sustentabilidade e memória afetiva. “A harmonia entre o antigo e o novo foi essencial. Mantivemos o que conta histórias e incorporamos o que traz conforto contemporâneo”, complementa Gabriela.

Com tons sóbrios, paredes em off white, iluminação delicada e detalhes em bronze, vidro refletivo e luminárias pendentes, o Living Gourmet é um convite à conexão. Um espaço que prova que, quando a arquitetura nasce do afeto, morar é também celebrar.

@erlaribeiro.arquitetura | @gabrielagiannotti.arq