Ômicron pode sobrecarregar sistemas de saúde, alerta OMS
Organização afirmou que são necessários somente dois a três dias para dobrar as infecções
A Ômicron, nova variante do coronavírus, ainda representa um risco muito alto e pode vir a sobrecarregar os sistemas de saúde, alertou a Organização Mundial da Saúde (OMS) nesta quarta-feira (29), em meio a recordes de infecções em vários países, como os EUA, e na Europa, e após o mundo superar a marca de 1 milhão de infecções em um dia pela primeira vez.
A última semana foi marcada pelo aumento de 11% no mundo em número de casos. Isso levou os governos da China à Alemanha e à França a encontrar um difícil equilíbrio entre restrições anticovid e a necessidade de manter economias e sociedades abertas.
Mesmo alguns estudos acerca da nova cepa sugerindo que ela causa sintomas mais leves, a OMS pediu cautela. “O risco geral relacionado à nova variante de preocupação ômicron permanece muito alto”, disse a agência da ONU em sua atualização epidemiológica semanal sobre a Covid-19, e destacou também que somente dois a três dias são necessários para dobrar as infecções.
A OMS afirmou ainda que, embora dados preliminares do Reino Unido, da África do Sul e da Dinamarca sugeriram haver um menor risco de hospitalizações pela Ômicron em relação à Delta, é preciso mais informações e dados para compreender a gravidade da nova cepa e como ela pode ser impactada por infecções anteriores pelo coronavírus ou pela vacinação.
Apesar das evidências iniciais, o rápido avanço da Ômicron “ainda resultará em números elevados de hospitalizações, particularmente entre grupos não vacinados, e causará um transtorno generalizado em sistemas de saúde e outros serviços críticos”, alertou Catherine Smallwood, gerente de incidência de Covid-19 da OMS na Europa.