Onda de calor: brasileiros já sentem aumento nos preços de alimentos e eletrodomésticos
Conta de luz pode ficar mais cara em breve devido ao aumento do consumo

Foto: VladisChern/Shutterstock
Além das implicações físicas, a onda de calor extremo que atinge o Brasil afeta o bolso dos consumidores. Dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, mostram que os alimentos e eletrodomésticos, como ar-condicionado e ventilador, registraram aumento nos preços. Além disso, a conta de luz pode ficar mais cara em breve devido ao aumento do consumo.
O preço do ar-condicionado subiu 6,09%, o maior valor desde outubro de 2010, quando o custo do eletrodoméstico teve alta de 10,54%. Já o ventilador teve uma variação de 0,20% para cima. A Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento (Abrava) aponta um aumento de 38% nas vendas de aparelhos de ar-condicionado somente no segundo semestre do ano.
Conta de luz
De acordo com o Sistema Interligado Nacional (SIN) do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), o país bateu recorde na demanda por energia nesta semana. O sistema atingiu a demanda de 101.475 megawatts (MW) – o número é 16,8% maior do que o registrado no início de novembro, de 86.800 MW.
Além disso, o ONS acionou as usinas térmicas. Isso acontece quando os reservatórios de hidrelétricas estão baixos. Ou, como é o caso, a demanda cresce. Não é possível estimar, no entanto, qual vai ser o impacto real do aumento no bolso do consumidor, pois depende do perfil de consumo de cada pessoa.
Alimentos
Dados do IPCA mostram que as refeições também estão pesando no bolso do brasileiro. A inflação de alimentos e bebidas ficou em 0,31%, impulsionada pela alta nos preços da batata-inglesa (11,23%), da cebola (8,46%), das frutas (3,06%), do arroz (2,99%) e das carnes (0,53%).


