ONU forma aliança com países europeus para garantir acesso básico a refugiados da Ucrânia
Ação foi pensada após ataques russos a uma maternidade em Mariupol

Foto: Unicef/Andriy Boiko
A Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) informaram, na quinta-feira (10), que estão traçando ações para garantir que refugiados da Ucrânia tenham acesso à saúde básica.
De acordo com os órgãos, a ação foi pensada após ataques russos a uma maternidade em Mariupol, cidade portuária no sudeste da Ucrânia, que deixou uma população de cerca de 80 mil mulheres, que devem entrar em trabalho de parto nos próximos três meses, sem assistência hospitalar, ou com muita dificuldade no acesso em meio a destruição de infraestruturas civis.
Natalia Kanem, diretora executiva do UNFPA, disse que o bombardeio da maternidade em Mariupol é um ato flagrante “transformando berços em sepulturas em um instante”. A diretora condenou o que chamou de “desprezo pelo direito internacional humanitário e pela proteção de civis inocentes”.
A OMS ainda relatou que está trabalhando diretamente com outros países europeus para fortalecer a capacidade do sistema hospitalar para acomodar os refugiados e fornecer serviços essenciais. A agência aponta a necessidade de vacinação dos refugiados, especialmente contra Covid-19, sarampo e pólio e relata que muitos dos países da Europa que estão recebendo os refugiados da Ucrânia oferecem serviços de vacinação para crianças e adultos.


