ONU reforça apelo por cessar-fogo em Gaza
Comunicação e serviço médico estão afetados na região

Foto: WHO O Hospital Árabe Al Ahli, no norte da Faixa de Gaza, foi danificado por bombardeios
O secretário-geral da ONU, António Guterres, ONU reforçou neste sábado (28) seu apelo por um "cessar-fogo humanitário imediato, a libertação incondicional de reféns e a entrega de ajuda correspondente às necessidades dramáticas da população de Gaza, onde uma catástrofe humanitária está ocorrendo diante de nossos olhos".
Em sua rede social, ele expressou preocupação com a escalada sem precedentes dos bombardeios, apesar do crescente consenso sobre a necessidade de uma pausa humanitária na região.
Em relação à situação em Gaza, ele declarou que foi “encorajado nos últimos dias pelo que parecia ser um consenso crescente na comunidade internacional, incluindo os países que apoiam Israel, sobre a necessidade de, no mínimo, uma pausa humanitária no combate para facilitar a libertação de reféns em Gaza, a evacuação de cidadãos de terceiros países e a escala maciça necessária na entrega de ajuda humanitária ao povo de Gaza”
O chefe da ONU adiciona que lamentavelmente, em vez da pausa, foi surpreendido por “uma escalada sem precedentes nos bombardeios e seus impactos arrasadores, minando os objetivos humanitários mencionados”.
Guterres adiciona que dada a quebra nas comunicações, está “extremamente preocupado” com a equipe da ONU em Gaza encarregada de fornecer assistência humanitária.
A Assembleia Geral da ONU aprovou uma resolução pedindo um cessar-fogo imediato e duradouro, respeito ao direito internacional e acesso contínuo e desimpedido à ajuda em Gaza.
O secretário-geral discutiu a situação no Oriente Médio e a coordenação dos esforços humanitários com o Presidente egípcio Abdel Fattah Al Sisi em uma ligação telefônica neste sábado.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou neste sábado, 28, que, em meio a intensos bombardeios e incursões terrestres em Gaza, trabalhadores da saúde, pacientes e civis ficaram sujeitos a um apagão total de comunicação e eletricidade.
Segundo a OMS, há mais feridos a cada hora, mas as ambulâncias não podem alcançá-los devido ao apagão de comunicação. Necrotérios estão lotados. Mais da metade dos mortos são mulheres e crianças.
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