Operação Faroeste: peça chave de esquema de corrupção no TJ-BA está foragido
STJ determinou a prisão de quatro desembargadores na semana passada

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O borracheiro José Valter Dias, peça principal da investigação que apura um esquema de corrupção no Tribunal de Justiça da Bahia ( TJ-BA ), por meio da Operação Faroeste, está foragido. Beneficiado por decisões judiciais suspeitas, Dias tornou-se um dos maiores latifundiários do país, dono de cerca de 360 mil hectares no oeste baiano apesar de nunca ter sido agricultor, segundo aponta a Procuradoria-Geral da República (PGR) na investigação.
Na última sexta-feira, o ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Og Fernandes, relator do caso, decretou a prisão temporária de Dias e do juiz Sérgio Humberto Sampaio, além de prorrogar as temporárias dos quatro alvos presos na terça-feira passada, incluindo o cônsul auto-declarado da Guiné Bissau Adailton Maturino.
"Revela-se inusitado o desaparecimento de José Valter Dias da região, sendo ele um dos maiores proprietários de terra do oeste baiano, podendo-se deduzir de seu repentino afastamento um claro sinal de que pode estar se furtando à aplicação da lei penal", apontou a PGR. Fernandes concordou com a argumentação e apontou que "causa espécie" o desaparecimento dele. Frisou ainda que não foi localizada a sede da sua empresa que é proprietária das terras e tem capital social de R$ 581 milhões.