Operação mira lavagem de dinheiro do PCC por meio de lojas de brinquedos em SP
Justiça determinou sequestro e bloqueio de bens e valores no total de R$ 4,3 milhões para garantir futura reparação do dano

Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
Lojas de brinquedos em São Paulo são alvos de operação na manhã desta quarta-feira (22) contra lavagem de dinheiro do PCC (Primeiro Comando da Capital).
A Operação Plush, parceria do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), da Polícia Civil e da Secretaria de Estado da Fazenda, cumpre seis mandados de busca e apreensão, sendo quatro deles em shopping centers (dois na cidade de São Paulo, um em Guarulhos e outro e Santo André).
A Justiça também determinou o sequestro e o bloqueio de bens e valores no total de R$ 4,3 milhões para garantir futura reparação do dano, pagamento de custas processuais e de penas pecuniárias.
Segundo a Promotoria, os alvos dos mandados são ligados a Claudio Marcos de Almeida, conhecido como Django. A investigação aponta que ele tinha destaque no comércio de drogas em larga escala, além de armamento pesado para a facção. Ele foi assassinado em janeiro de 2022, em meio a disputas internas da organização criminosa.
Consta da investigação que a ex-companheira de Django e sua irmã não possuíam ocupação lícita declarada, mas movimentaram grande quantidade de dinheiro para abrir quatro lojas de uma rede de franquias.
Ainda segundo a Promotoria, em abril de 2024, na Operação Fim da Linha, o nome de Django havia surgido como um dos principais cotistas da UPBUS, empresa que prestava serviços de transporte por ônibus na capital e foi utilizada por diversos integrantes do PCC lavar valores com origem ilícita.