A denúncia do Ministério Público da Bahia (MP-BA) contra 11 suspeitos na Operação Panaceia foi aceita pela Justiça na última quarta-feira (6). De acordo com a ação, os envolvidos cometeram crimes de sonegação fiscal, lavagem de dinheiro, associação criminosa e falsidade ideológica. Agora, todos os denunciados viram réus no processo.

A operação, deflagrada em junho do ano passado, desarticulou o grupo investigado por sonegar mais de R$ 39 milhões, por meio da criação de empresas em nome de ‘laranjas’. O alvo da operação é um grupo empresarial do ramo de distribuição de medicamentos. Segundo as apurações, os envolvidos criavam empresas em nome de “laranjas” ou “testas-de-ferro” e utilizavam empresas sem existência operacional, com o intuito de sonegar impostos. Além disso, as investigações apontaram fortes indícios da prática do crime de lavagem de dinheiro.

Na ação, computadores, telefones celulares e documentos foram apreendidos na sede da empresa de distribuição de medicamentos, no bairro de Pirajá. Além da sede da empresa, a ação de junho de 2021 cumpriu mandados nos bairros do Rio Vermelho, Horto Florestal, Itaigara e Pituba. 

Na ocasião, a esposa de um empresário do ramo de medicamentos, que segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP-BA) é considerado um dos principais alvos da Operação Panaceia, foi presa por posse ilegal de arma, após ser flagrada com um revólver. A operação cumpriu 12 mandados de busca e apreensão em Salvador e Feira de Santana, a cerca de 100 quilômetros da capital.