Operação que mira lavagem de dinheiro da maior facção do tráfico do RJ é deflagrada nesta quinta-feira (17)
Esquema com empresas de fachada movimentou R$ 200 milhões em um ano

Foto: Reprodução / TV Globo
A Polícia Civil do RJ e o Ministério Público do Rio de Janeiro deflagaram na manhã desta quinta-feira (17), a Operação Overload 2, que investiga há cinco anos, um esquema de lavagem de dinheiro do Comando Vermelho, a maior facção do tráfico do RJ. A rede inclui pessoas físicas e empresas, muitas de fachada.
Agentes cumprem 25 mandados de busca e apreensão — não há mandados de prisão — em 10 cidades de cinco estados.
De acordo com a força-tarefa, em pouco mais de um ano, 10 CPFs e 35 CNPJs movimentaram R$ 200 milhões — com ordens que partiam de dentro de presídios.
A polícia informa que a lavagem ocorria quando o dinheiro das atividades criminosas era depositado nas contas dessas empresas e "transformado" em salários ou lucro — o que daria uma aparência de legalidade.
"No transcorrer da investigação, foram detectadas inúmeras negociações de vendas de armas e drogas pela organização criminosa, sendo identificadas diversas contas bancárias envolvidas na transação", afirmou a polícia.
Segundo as investigações, as pessoas jurídicas utilizadas na atividade criminosa ficavam situadas no Paraná, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Santa Catarina. “Algumas delas nem sequer possuíam sede própria ou funcionários cadastrados”, destaca a polícia.
A Operação Overload 2 é uma parceria da Subsecretaria de Planejamento e Integração Operacional, 25ª DP (Engenho Novo) e Delegacia de Combate às Drogas, com apoio do Departamento de Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público.


