O Sindicato dos Médicos do Estado da Bahia (Sindimed-Ba) repudiou em nota divulgada nesta quinta-feira (10) a demissão de mais de 30 médicos realizada pela Secretaria de Saúde do Estado (Sesab), que atuavam na Unidade de Pronto Atendimento do bairro do Curuzu, em Salvador. 

"A Secretaria da Saúde do Estado da Bahia emitiu nota no intuito de inverter os fatos mas, na verdade, os médicos são as vítimas de assédio moral", afirma nota do Sindimed.

Em nota, A Sesab afirmou que a denúncia dos médicos foi uma reação às mudanças realizadas na unidade. Confiram na íntegra, a nota emitida pela secretaria.

"Reiteradas queixas de mau atendimento e descumprimento das escalas médicas na Unidade de Emergência Mãe Hilda, no Curuzu, em Salvador, foram apuradas pela Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab), que decidiu realizar intervenção na unidade. Esta condição nefasta, que estava sendo combatida ativamente pela diretora geral da unidade, Queila Araújo, tem gerado retaliação por parte desses profissionais, com ameaças sucessivas de paralisação e assédio moral contra a diretora, tornando o ambiente de trabalho insustentável. A unidade é referência para atendimento pediátrico e clínico. É lamentável que o Sindicato dos Médicos do Estado da Bahia (Sindimed) seja conivente com a prática de o profissional receber por 24 horas e trabalhar apenas 12 horas. Isso é lesivo ao estado e, sobretudo, ao contribuinte. O poder público não compactua com esse tipo de atitude e fará uma intervenção na unidade, substituindo todos os profissionais envolvidos, bem como renovará o quadro diretivo da unidade a fim de restabelecer um ambiente de convívio harmonioso entre colaboradores e a comunidade".