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Outubro Rosa: Especialistas explicam porque o câncer de mama em mulheres jovens é frequentemente mais agressivo!

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Por Michel Telles
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Atualizado
Outubro Rosa: Especialistas explicam porque o câncer de mama em mulheres jovens é frequentemente mais agressivo!

Foto: Divulgação

Considerado o tipo de câncer mais comum em mulheres em todo o mundo, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), o câncer de mama ganha mais evidência no mês de outubro com a campanha Outubro Rosa. Embora mais comum em mulheres acima de 50 anos, novos estudos evidenciam que o câncer de mama tem apresentado um aumento em mulheres mais jovens no Brasil. Segundo dados da Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), a incidência da doença em mulheres com menos de 35 anos saltou de 2% para 5%, e pesquisas indicam um crescimento de 79% em pacientes com menos de 50 anos nas últimas três décadas. Atualmente,  40% dos casos de câncer de mama no Brasil acontecem na faixa etária de 40 a 49 anos. Uma característica ainda mais preocupante é que essas pacientes jovens, com destaque para as latinas e negras, possuem maior incidência do câncer de mama triplo-negativo, que possui maior potencial de multiplicação, levando a metástases.                                              

A oncologista Marília Sampaio, que integra o Grupo Hera, de Cuidado Integral da Mama, explica algumas características desse tipo de câncer de mama. "Ele se distingue por não apresentar em suas células tumorais a expressão de três marcadores-chave: o receptor de estrogênio (ER), o receptor de progesterona (PR) e a proteína HER2. Essa tripla negatividade é o que impõe desafios terapêuticos, pois os tratamentos convencionais mais eficazes para outros tipos de câncer de mama – como a terapia hormonal ou os medicamentos anti-HER2 – não são efetivos aqui."

A mastologista Vanessa Paes, que também integra o Grupo Hera, aponta também que, muitas vezes, o diagnóstico do câncer de mama em mulheres abaixo de 50 anos acontece em estágios mais avançados da doença. 
"Essa é uma preocupação crescente. Muitas vezes, as pacientes jovens apresentam mamas densas, o que dificulta o auto-exame e a detecção de sinais iniciais da doença e não conhecem fatores de risco,  resultando em  diagnósticos mais avançados. A conscientização e o acesso a exames de rastreamento são essenciais para a detecção precoce e para aumentar as chances de tratamento eficaz."

As razões para o crescimento do câncer de mama entre mulheres jovens é multifatorial e pode ser observado em outros países. A oncologista Marília Sampaio também cita alguns fatores de risco:  "hábitos de vida, como o consumo de alimentos ricos em gorduras saturadas, ultraprocessados ou ricos em açúcar, além do consumo de álcool, tabagismo e sedentarismo. Os aspectos reprodutivos e hormonais também têm peso importante: menstruação precoce, gravidez após os 30 anos, ausência de filhos e menor tempo de amamentação aumentam a vulnerabilidade ao câncer de mama."

*Avanços anunciados pelo Ministério da Saúde contribuem para melhorias no tratamento e detecção precoce:

Diante desse cenário, o Ministério da Saúde (MS) confirmou nesta semana importantes atualizações nas diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS) para o rastreamento e tratamento do câncer de mama.

A partir de outubro, o SUS passará a oferecer novas terapias e ampliará o acesso a exames de rastreamento.

No que tange à mamografia e rastreamento da doença, à partir de outubro estarão disponíveis no SUS:

*   Rastreio mamográfico ativo para mulheres de 50 a 74 anos;
    
*   Rastreio garantido para mulheres de 40 a 49 anos; 
   
*   Mamografia em qualquer idade diante de sinais ou sintomas de câncer de mama.

E em relação ao tratamento do câncer de mama, a partir de outubro, estarão disponíveis:

* Inibidores de ciclina (CDK4/6)no cenário avançado;

* Fator estimulador de colônia granulócitos (para quimioterapia dose densa);

* Quimioterapia neoadjuvante em estádios I a III, que antes era realizada apenas no estadio III;

* Bloqueio ovariano medicamentoso;

* Capecitabina adjuvante para tumores triplo negativos com doença residual;

•  Trastuzumabe entansina adjuvante para tumores HER2 com doença residual.

*Sobre o Grupo Hera – Cuidado Integral da Mama:*

O Grupo Hera é referência em diagnóstico e tratamento com foco na saúde integral da mama. Com uma equipe multidisciplinar, formada por mastologistas, radiologistas e oncologistas, o Grupo se dedica a oferecer o que há de mais avançado em medicina, com um cuidado humanizado e personalizado.

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