Outubro Rosa: Estilo de vida influencia mais o desenvolvimento do câncer de mama que fatores genéticos!
Apenas 5 a 10% dos casos diagnosticados da doença estão associados a fatores genéticos hereditários

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A Bahia deve registrar 4.230 novos casos de câncer de mama em 2025, de acordo com estimativa do Instituto Nacional do Câncer (INCA). No Brasil, a estimativa é de 73.610 novos diagnósticos da doença, que representa o tipo de tumor mais incidente em mulheres de todas as regiões do país (depois do de pele não melanoma). Apenas 5 a 10% dos casos de neoplasias mamárias têm causas hereditárias. “Os fatores ambientais e comportamentais estão dentre os principais responsáveis pelo desenvolvimento de vários tipos de câncer, inclusive o de mama”, afirma o oncologista Rafael Batista, da Oncoclínicas. O especialista chama atenção para fatores de risco como tabagismo, inatividade física, sobrepeso, obesidade, consumo de bebida alcoólica em excesso, alimentação inadequada e exposição à radiação ionizante.
A oncologista Geila Nuñez, da Oncoclínicas, destaca a importância do estilo de vida na prevenção da doença. “Alimentação equilibrada e prática regular de atividade física podem prevenir cerca de 30% dos diagnósticos de câncer”, esclarece a especialista.
Exames de rotina
“Além dos hábitos saudáveis para a prevenção, as consultas de rotina com ginecologista e/ou mastologista, os exames de rastreamento, como mamografia anual e ultrassonografia mamária, também são grandes aliados para a detecção precoce do câncer de mama”, reforça a oncologista Débora Gaudencio, do grupo Oncoclínicas.
“A detecção precoce será sempre uma importante aliada na luta contra o câncer de mama, que pode ter 95% de chance de cura quando diagnosticado em fase inicial e tratado adequadamente”, lembra a oncologista Daniela Barros, da Oncoclínicas.
“O diagnóstico precoce aumenta as opções de tratamento, reduz as complicações e faz toda diferença para salvar vidas”, reforça o oncologista Daniel Brito, da Oncoclínicas.
A oncologista Camila Chiodi, da Oncoclínicas, lembra que a mamografia é recomendada para mulheres em geral a partir dos 40 anos, mas em algumas situações, quando há sintomas da doença ou casos de câncer na família, o exame deve ser feito antes, de acordo com orientação médica.
Cenário: uma a cada três mulheres diagnosticadas tem menos de 50 anos
Uma a cada três mulheres diagnosticadas com câncer de mama no Brasil tem menos de 50 anos. Dados do Painel Oncologia Brasil, avaliados pelo Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem(CBR), apontam que mais de 108 mil mulheres com menos de 50 anos foram diagnosticadas com a doença no país entre 2018 e 2023. “Esses números reforçam a importância da realização da mamografia anual a partir dos 40 anos, o exame é capaz de identificar lesões em fase muito inicial, quando os nódulos ainda não são palpáveis”, destaca o oncologista Bruno Protásio, da Oncoclínicas.
“A paciente com casos de câncer de mama na família deve ser criteriosamente acompanhada pelo médico, mas o fator genético corresponde a um percentual baixo de todos os diagnósticos da doença. Adotar um estilo de vida mais saudável pode reduzir consideravelmente a incidência”, afirma a oncologista Hamanda Nery, da Oncoclínicas.
“Manter-se no peso adequado, não fumar, praticar atividade física regular, evitar alimentos ultraprocessados, ter uma alimentação rica em fibras, frutas, verduras e legumes, limitar o consumo de bebidas alcoólicas e de carnes vermelhas são alguns hábitos protetivos, que podem ajudar na prevenção do câncer de mama”, finaliza Rafael Batista.