Pacheco lê requerimentos de CPIs que funcionarão após as eleições

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), leu na noite desta quarta-feira (6) os requerimentos de criação de três novas comissões parlamentares de inquérito (CPIs). Do total, a mais aguardada por parlamentares é a que visa investigar as denúncias de corrupção e tráfico de influência no Ministério da Educação (MEC).

A partir da leitura, as comissões ficam oficialmente criadas. A instalação, no entanto, depende da indicação dos integrantes pelos líderes partidários. A previsão é de que estas funcionem somente após as eleições, conforme acordo firmado entre o presidente do Senado e os parlamentares.

A decisão de acatar as três criações visa trazer uma solução política para atender tanto a oposição, quanto os governistas, que são contrários à comissão para investigar o MEC.

A CPI do MEC visa apurar denúncias de supostas intermediações por pastores durante a liberação de recursos do Ministério da Educação. O ex-ministro da pasta, Milton Ribeiro, é investigado por corrupção passiva, prevaricação, advocacia administrativa e tráfico de influência.

Das CPIs de interesse da base governista, estão uma que busca investigar o crime organizado e o narcotráfico e outra, que apuraria eventuais irregularidades em obras inacabadas de governos anteriores.

Assim, ficam criadas as seguintes comissões:

CPI do MEC, voltada para investigar corrupção no ministério (11 titulares e 11 suplentes, prazo de 90 dias, limite de despesas de R$ 90 mil); 
CPI do Narcotráfico e Crime Organizado, visando investigar narcotráfico nas regiões Norte e Nordeste e atuação de organizações criminosas dentro e fora dos presídios (11 titulares e 7 suplentes, prazo de 180 dias, limite de despesas de R$ 150 mil);
CPI das Obras Inacabadas, apurando obras atrasadas de governos anteriores (11 titulares e 7 suplentes, prazo de 120 dias, limite de despesas de R$ 110 mil).

A CPI do Desmatamento na Amazônia também já havia sido criada, e agora aguarda a indicação de membros.