Pai de influencer americana mata stalker obcecado para salvar a filha

Ava Majury revelou a história ao New York Times para alertar outras adolescentes e pais dos perigos das redes sociais

[Pai de influencer americana mata stalker obcecado para salvar a filha]

Uma adolescente americana ganhou fama na internet após compartilhar conteúdos divertidos de forma despretensiosa no TikTok. Ava Majury abriu a conta no app em 2020, quando ela tinha apenas 13 anos. Em apenas um ano, a garota conseguiu conquistar mais de um milhão de seguidores.

A internet, além de possibilitar muitas conquistas, também atrai perigos. Em depoimento ao New York Times, Ava falou sobre história de terror que envolveu a explosão de popularidade nas redes sociais.

Segundo a adolescente, no início da pandemia ela passou a ser importunada por um fã que a abordava insistentemente em três de suas redes sociais: Tiktok, Snapchat e Instagram. Ela afirma que, incialmente, respondeu ao seguidor, chamado Eric Rohan Justin, de 18 anos, assim como fazia com muitos outros internautas que lhe mandavam mensagens. “Eu costumava responder aos meus fãs, como 'Ei, como foi o seu dia?''', disse ela ao jornal.

No entanto, Eric passou a ser invasivo a entrar em contato com colegas de escola da influencer, conseguindo não só fotos da adolescente, mas também seu número de celular.

Mesmo com a pouca idade, Ava já ganha milhares de dólares em 'publis' e patrocínios. Ela recebeu a permissão dos pais para vender selfies - que já foram publicadas no Snapshat - a pedido do rapaz. “Eu não estava enviando nada do meu corpo”, disse Ava. “Eram apenas fotos do meu rosto, que é o que eu suponho que ele estava pagando. Minha coisa toda é meu lindo sorriso – esse é o meu conteúdo”, explicou.

O jovem começou a pedir fotos explícitas da menina em troca de dinheiro. Por conta disso, ela bloqueou Justin em todas suas contas, mas o rapaz depositou cerca de US$ 600 em três depósitos pedindo que ela o desbloqueasse. O pai de Ava, um policial aposentado, chegou a enviar uma mensagem ao rapaz pedindo que ele parasse de importunar a garota.

Após o impedimento, Justin começou a ameaçar a adolescente. Em um texto, ele escreveu: “Eu poderia simplesmente arrombar a porta com uma espingarda, eu acho”.

Em julho de 2020, o jovem invadiu a propriedade da família Majury e disparou um tiro de espingarda na porta da frente da residência. “Tudo o que me lembro é que ouvi, senti no meu peito, olhei para cima e havia um buraco na minha porta com os fragmentos”, lembrou Ava. Imediatamente, a mãe da adolescente acionou a polícia. Um policial aposentado correu atrás do rapaz, mas tropeçou e caiu, deixando com que ele escapasse.

Pouco tempo depois, o jovem retornou ao local e se deparou com o pai de Ava, que pediu que o jovem largasse a arma. Justin não obedeceu e apontou a espingarda para ele. Para sua defesa, o homem atirou em Justin, que morreu no local. Junto ao seu corpo foram encontrados dois celulares com milhares de fotos de Ava.

Apesar da experiência traumática, Ava continua utilizando as redes sociais e, de acordo com sua mãe, ela não vai deixar “indivíduos doentes” forçarem sua saída das redes sociais. Segundo ela, a adolescente tem que usar a plataforma e a exposição para contar sua história e alertar pais e outros jovens sobre os perigos das redes sociais.


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