Países emergentes estarão mais fragilizados em relação a crise de 2009, aponta estudo
Analise foi feita com base em dados do FMI

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Impulsionada pela força da economia chinesa na crise de 2009, a maioria dos países emergentes não vai conseguir escapar da recessão desta vez. Enquanto, na crise financeira, 38% dessas economias viram seu PIB (Produto Interno Bruto (PIB) recuar, em 2020, deverão ser 75%, de acordo com o levantamento feito pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre/FGV) com base em dados do Fundo Monetário Internacional (FMI).
No passado, os países emergentes, conseguiram inclusive ter uma alta de 2,8% no PIB. Para este ano, no entanto, a projeção é de retração de 1,1%. “Quem puxou essas economias em 2008 e 2009 foi a China, que agora está no centro da crise. Ainda que ela cresça 1% ou 2% (a estimativa do FMI é de 1,2%), é um baque muito grande”, afirma o economista Marcel Balassiano, responsável pelo levantamento.
Mesmo que seu PIB aumente em 2020, a China não tem mais o mesmo potencial para impulsionar tantos países, dado que seu modelo econômico também vem mudando em direção ao consumo doméstico. “O consumo interno ganhou peso nos últimos anos e os chineses também devem estar inseguros agora para sair de casa, o que vai causar impactos”, diz o economista Silvio Campos Neto, da consultoria Tendências.


