Países impõem novas medidas restritivas à Africa por causa de nova variante

Ao menos 10 nações anunciaram medidas restritivas a voos de países do sul da África devido a preocupação com a nova variante da Covid-19 identificada em Botsuana. 

Europa, Itália, República Tcheca, Holanda e França anunciaram nesta sexta (26) um novo rol de medidas restritivas. Em um comunicado, o ministro italiano da Saúde, Roberto Speranza, assinou uma ordem executiva proibindo a entrada da África do Sul, Lesoto, Botswana, Zimbábue, Moçambique, Namíbia e Eswatini. “Nossos cientistas estão estudando a nova variante B.1.1.529. Enquanto isso, adotaremos a maior cautela possível”, disse o ministro. 

Em nota, o Itamaraty informou, que ainda não tem posicionamento sobre a conduta que o Brasil deve adotar em relação à nova variante.

Segundo a chefe da Comissão da UE, Ursula von der Leyen, nas próximas semanas, a comissão da União Europeia também deve propor a interrupção de viagens da região da África Austral em meio à crescente preocupação sobre a variante detectada na África do Sul. 

Fora do bloco mas na região europeia, o Reino Unido também proibiu temporariamente os voos da África do Sul, Namíbia, Botswana, Zimbábue, Lesoto e Eswatini, e pediu que os viajantes britânicos retornassem desses destinos para a quarentena.

No Oriente Médio, Israel anunciou na quinta-feira (25) que estava impedindo seus cidadãos de viajar para o sul da África e proibindo a entrada de estrangeiros da região. O Ministério da Saúde de Cingapura também afirmou que restringirá as chegadas da África do Sul e de países vizinhos.

Identificada pela primeira vez esta semana, os cientistas ainda estão avaliando a nova variante do vírus. A variante tem uma “constelação muito incomum” de mutações, que são preocupantes porque podem ajudá-la a escapar da resposta imunológica do corpo e torná-la mais transmissível, afirmam cientistas sul-africanos.

Casos da cepa foram identificados na África do Sul, Botsuana e Hong Kong.