Países ricos doaram menos de 20% das doses de vacinas contra Covid-19 prometidas à OMS
Meta inicial da Organização era vacinar 2 bilhões de pessoas em 2021, mas menos da metade das doses foram distribuídas

Foto: Walterson Rosa/Ministério da Saúde
Os países ricos doaram uma fração das doses prometidas ao consócio Covax Faciltiy, iniciativa da Organização Mundial da Saúde (OMS) para agilizar a imunização contra a Covid-19 de maneira igual.
As doações têm registrado demora maior que o esperado, pois os países têm aplicado doses de reforço na própria população e começado a imunização de crianças e adolescentes.
Os EUA, por exemplo se comprometeram a doar 587,5 milhões de doses, porém, só 193,4 milhões chegaram ao Covax até o momento, de acordo com dados coletados pela plataforma Ourworld in Data, da Universidade de Oxford. Deste número total, somente 140,3 milhões foram totalmente entregues as nações que precisam.
A demora nas doações dos países ricos é umas das justificativas das metas do consórcio Covax Facility. A meta estipulada pela OMS era vacinar 2 bilhões de pessoas através da iniciativa em 2022, porém, menos da metade de imunizantes foram distribuídos: 907 milhões.
O consórcio também foi afetado pela falta de doses, em decorrência das dificuldades em uma fábrica de vacinas localizada na Índia. Além do mais a logística é complicada nos países pobres, que não têm sistemas públicos considerados eficientes. Importante destacar que o Covax não funciona somente com doações, já que há países que efetivamente compraram vacinas com preços menores.


