Pandemia prejudicou realização de exames para identificar casos de retinopatia diabética
Doença pode levar até à cegueira

Foto: Reprodução/Centro Campineiro de Microcirurgia
Em levantamento divulgado na última semana, o Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) informou que a pandemia da Covid-19 impactou negativamente na realização de consultas e cirurgias relacionadas à visão. Os números apontam que cerca de 2,3 milhões de procedimentos de diagnóstico para a retinopatia diabética deixaram de ser feitos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) entre janeiro e setembro de 2020.
Em 2021, os números voltam a ser normalizar cada vez mais. Entre janeiro e setembro de 2019 e de 2021, foram realizados, respectivamente, 5.854.835 e 5.569.661 procedimentos, no entanto, no mesmo período de 2020, apenas 3.810.020 atendimentos aconteceram.
A retinopatia diabética está diretamente associada a alterações nos níveis de glicose no sangue e a danos nos pequenos vasos da retina em pessoas diabéticas. A doença pode, inclusive, levar à cegueira.
Em 2020, o CBO aponta uma diminuição de 35% no número de consultas oftalmológicas e de 27% no total de cirurgias realizadas pelo SUS.
Neste ano, os procedimentos tiveram um aumento de 46% entre janeiro e setembro. De acordo com a CBO, a volta das consultas é um “efeito positivo da queda dos indicadores de morbidade e mortalidade causados pela covid-19 e do aumento da cobertura vacinal”.