O Pantanal bateu recorde ao registrar maior número mensal de alto focos de incêndio desde o início da série histórica do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), em 1998: foram 6.048 pontos de queimadas desde 1º de setembro, número maior ao registrado em de agosto de 2005, quando houve 5.993 focos de incêndio no bioma.

Ao comparar com o ano passado, quando setembro teve 2.887 focos detectados em 30 dias, o mesmo mês de 2020 já apresenta uma alta de 109%. O número de focos neste mês está 211% acima da média histórica do Inpe para setembro, que é de 1.944 pontos de incêndio. 

A região do Pantanal enfrente um período de estiagem, o que agrava e contribui para que o problema dos incêndios se propaguem. Este é o maior período de seca em 47 anos, de acordo com o diretor-executivo da SOS Pantanal, Felipe Augusto Dias. 

Somando Amazônia e Pantanal, o Brasil perdeu 53.019 km² de mata nativa devido às queimadas até 31 de agosto. O número é equivalente a 34 cidades de São Paulo, ou quase a soma das áreas dos estados de Sergipe e Alagoas.