Para atrair o leitor mais jovem, professores criam projeto de incentivo à leitura com auxílio da tecnologia

O Sistema Nacional de Bibliotecas Públicas forneceu um dado preocupante: que o Brasil perdeu cerca de 800 bibliotecas entre 2015 e 2020. O antigo IBOPE, num levantamento de 2019, informou que o país perdeu 4,6 milhões de leitores. Além disso, numa pesquisa, a Retratos da Leitura no Brasil revelou que 31% dos brasileiros nunca compraram um livro e metade da população não tem o hábito de ler.

Uma ação do Colégio Cândido Portinari promete conectar, não só as crianças, como os adolescentes, ao universo literário. Foi criado o projeto “Contação de História - era uma vez era outra vez”. Nessa ação, contos modernos são introduzidos em sala de aula, com o intuito de aumentar o senso crítico e desenvolver o aspecto cognitivo, tudo de forma lúdica e prática.

“O projeto sempre existiu. Mas precisava de uma adaptação aos tempos modernos, de internet e redes sociais. A partir daí que o Contação de História ganhou esse novo formato, que transcendeu as salas e ganhou até o teatro do colégio”, declara a professora e idealizadora do projeto, Maria Angélica Oliveira.

Todos os anos, cerca de 90 alunos do Colégio Portinari participam do projeto, dedicado apenas para os alunos do 6º ano do ensino fundamental. O intuito, no Contação de História, é estimular o uso da tecnologia como aliada, como ferramenta de consulta e insights.

Segundo a pesquisa do Retratos da Leitura no Brasil, no país a porcentagem de leitores é de 52%, e que o brasileiro lê em média cinco livros por ano. Além disso, no levantamento há outro dado que gera esperança: 82% dos entrevistados alegaram que gostariam de ler mais. Nesse processo, a escola é fundamental na reversão desses dados.