Apesar da maioria das pessoas acreditarem que o simples ato de roer as unhas seja algo normal. Porém, poucas conhecem os danos que pode originar à saúde quando isso torna-se um ato compulsivo. O vício é conhecido como onicofagia e pode atingir homens e mulheres de todas as idades, todavia, é mais visto entre crianças e adolescentes.

Segundo a psicóloga clínica de São Paulo, Marina Genova, ele não pode ser considerada um distúrbio, mas sim, um sintoma de que algo não está bem. “Na psicologia é dito como um fenômeno subjetivo, que podem ser pensamentos, comportamentos, um sinal de que alguma coisa possa estar causando muito sofrimento, ansiedade e angústia”, destacou Marina.

Uma outra razão que leva as pessoas a terem esse hábito é a ansiedade. Dessa forma, quando a pessoa leva a mão na boca, isso pode causar um desgaste, originar cáries e até uma contaminação. Com base na fala do dermatologista do Hospital e Maternidade Beneficência Portuguesa de Santo André, Valter Claudino, as consequências vão além da estética. “Esse ato estará eliminado a barreira de proteção da unha dando oportunidades à entrada de bactérias e fungos, ocasionando as infecções secundárias”, assegura.

A psicóloga ainda esclarece que buscar ajuda e acompanhamento psicológico é muito aconselhável para quem padece com isso, mas não consegue parar. “Psicoterapeuta e paciente, poderão trabalhar e descobrir o que está por trás da ansiedade que eventualmente está desencadeando aquele sintoma, além de observar outros conteúdos que fazem o paciente ser quem é”, pontuou.