"Parece que está estabilizando um pouco", diz presidente do BC sobre inflação no Brasil

Para Roberto Campos Neto, inflação no país é reflexo do cenário internacional

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FOTO: José Cruz/Agência Brasil

Durante a realização de um evento online organizado pelo Instituto Millenium, nesta segunda-feira,15, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, comentou sobre o cenário de inflação no Brasil. Segundo ele, apesar de estar "bastante alta", há sinais de estabilização. “A gente vê preços administrados caindo, um pouco pelas medidas. Mas serviços ainda está subindo. Parece que está estabilizando um pouco. Serviços é superimportante para a dinâmica da inflação”, ressaltou.

Para Campos Neto, a inflação no país é um reflexo do cenário internacional. “A gente entendeu que essa inflação mundial ia contaminar o Brasil. A gente teve algumas que foram particulares do Brasil, como a crise hídrica e alguns processos inflacionários de alimentos que foram intensos no Brasil, que conseguiram agravar a parte de alimentos”, disse.

Ainda que tenha registrada deflação histórica de 0,68% em julho, o Brasil segue entre os cinco países com maior inflação, mais precisamente ocupando a quarta posição da lista entre os países do G20, com 10,1%. Turquia e Argentina lideram o ranking, com 79,6% e 64%, respectivamente, enquanto a Rússia vem em seguida, com 15,9%.

De acordo com Campos Neto, um dos fatores que levou ao aumento generalizado de preços foi o crescimento da procura por diversos produtos para além da capacidade produtiva do momento, porém, as cadeias de produção já se ajustaram ao novo patamar de demanda. “Teve um ajuste grande na produção em algumas coisas. Semicondutores, por exemplo, ajustou muito a produção”, afirmou.

Quanto às expectativas para o próximo ano, o presidente do Banco Central disse que é preciso avaliar os impactos das medidas recém implantadas na político fiscal de 2023.


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