Passagens aéreas encarecem após alta do preço dos combustíveis

Companhias aéreas cobram Governo Federal por medidas para conter o avanço do querosene

Por Da Redação
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Passagens aéreas encarecem após alta do preço dos combustíveis

Foto: Rovena Rosa/Agencia Brasil

Após o aumento dos combustíveis ocasionados pela guerra vivida entre a Ucrânia e a Rússia, que afeta o mundo todo, os preços das passagens no Brasil já apresentam aumento. Além disso, as companhias aéreas alertam para uma redução da oferta de voos.

A Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), alertou que o querosene de aviação, derivado do petróleo, responde por um terço dos custos das linhas aéreas e tem mais de 50% de seus preços no Brasil indexados ao dólar. As informações são do O Globo.

Além disso, a Abear pede que "medidas emergenciais (dos governos) de contenção de preços que possam ser tomadas durante a vigência do conflito".

Antes da nova turbulência, a demanda do setor da aviação apresentava uma retomada, como na aviação comercial doméstica, que chegava próximo aos números registrados na pré-pandemia.

O presidente da Latam Brasil, Jerome Cadier, afirmou que estão sendo feitas ações para minimizar os danos.

"Nessa hora, precisamos reajustar preços de passagens. Uma série de voos que geravam margem deixaram de gerar de um dia para o outro com a volatilidade dos preços do petróleo. É preciso reajustar (os preços), isso afeta negativamente a demanda. Aí temos que reduzir a quantidade de voos. Isso já está acontecendo e  vai continuar porque não sabemos o quanto vai durar essa guerra", afirmou ao O Globo.

Já a companhia aérea Azul publicou uma nota em que afirma que a guerra da Ucrânia “traz consequências devastadoras para todos os setores da economia no mundo. Esse conflito resultou em um aumento exponencial do valor de várias commodities, em especial do barril de petróleo”.

A empresa afirma também que essa movimentação “poderá adiar uma retomada mais vigorosa da oferta de voos no país, assim como a inclusão de novas cidades e novas rotas e frequências".

“Embora o valor do barril do petróleo já tenha sido um pouco maior há 14 anos, a situação atual é muito pior, pois naquela época o valor do dólar estava muito abaixo dos atuais R$ 5 e era cotado abaixo de R$ 2. Essa matemática é bastante impactante para o setor aéreo, em especial para as empresas brasileiras, que têm (...) um dos combustíveis mais caros do mundo”, afirma trecho da nota.

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