A pastora Karen Clark Ristine, líder da igreja Metodista em Claremont, a 60 km de Los Angeles na Califórnia, postou uma foto em sua página do Facebook, inaugurada no último sábado (7), de uma montagem em que um presépio mostra Jesus, Maria e José como imigrantes presos em gaiolas.

Segundo a  pastora, o objetivo era ilustrar a época marcada pelas famílias refugiadas que buscavam asilo nas fronteiras e eram separadas contra vontade. Ela escreveu que "pouco depois do nascimento de Jesus, José e Maria foram forçados a fugir com o filho, pequeno, de Nazaré para o Egito, para escapar do rei Herodes, um tirano. Eles temiam a perseguição e a morte.
Em uma época em nosso país em que famílias refugiadas buscam asilo em nossas fronteiras e, contra a vontade, são separadas, consideramos a família de refugiados mais conhecida do mundo. Jesus, Maria, e José, a Família Sagrada".

Em busca de uma explicação, a pastora questiona em sua postagem: "E se essa família procurasse refúgio em nosso país hoje? Imagine que José e Maria se separaram na fronteira e Jesus, que não tinha mais de dois anos, foi tirado de sua mãe e colocado atrás das grades de um centro de detenção da Patrulha de Fronteira, como mais de 5,5 mil crianças foram nos últimos três anos".  

Clarck ainda fala que "Jesus cresceu para nos ensinar bondade, misericórdia e boas-vindas a todas as pessoas", e declarou ao jornal "Los Angeles Times" que a igreja costuma usar a cena do presépio para abordar uma questão social. 

"Não vemos isso como político; vemos como teológico. Estou recebendo respostas de pessoas que não conheço... as pessoas estão me dizendo que [o presépio] as levou às lágrimas" , e sensibilizou seus seguidores, afirma a pastora.