Paulo Guedes nega ter defendido congelamento de preços no país
Ministro afirma que interpretar o seu discurso desta forma é um "absurdo"

Foto: Tania Rego/Agencia Brasil
O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta sexta-feira (10) que nunca defendeu o congelamento de preços. Segundo ele, interpretar o discurso dado aos supermercadistas desta forma é um “absurdo”.
“O que eu disse foi: a redução de impostos dá fôlego aos fornecedores dos supermercados para que eles absorvam o aumento de custos sem repassar nas gôndolas”, disse, em entrevista à CNN Brasil.
Na declaração, o ministro se refere a um discurso feito na última quinta-feira (9), em evento da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), em que esteve junto ao presidente Jair Bolsonaro (PL).
“A conversa é a seguinte: ICMS, IPI, nós reduzimos, então ao longo da cadeia, trégua […] Nova tabela de preços só em 2023. Trava os preços. Vamos parar de aumentar os preços por 2 ou 3 meses. Estamos em uma hora decisiva para o Brasil”, afirmou na ocasião.
Após a fala repercutir, Guedes afirmou que o discurso não teve caráter eleitoreiro, rebatendo comparação feita com o ex-presidente José Sarney.
“É descabido me comparar com Sarney. Isso é coisa de gente que apoiou o Plano Cruzado, que foi uma excrescência, e está traumatizado até hoje”, seguiu.