Perda de R$ 453,5 bilhões em 2022 é resultado de pirataria e 'gatos', mostra levantamento
Setores de vestuário, farmacêutico e combustíveis foram os mais afetados com perda de empregos
A perda no Brasil de R$ 453,5 bilhões é resultado das mercadorias vendidas ilegalmente, os impostos que deixaram de ser arrecadados e os furtos de energia e água. Os dados são da nota técnica "Brasil Ilegal", levantamento produzido por entidades que representam a indústria — CNI (Confederação Nacional da Indústria), Firjan (Federação das Indústrias do Rio de Janeiro) e Fiesp (Federação das Indústrias de São Paulo).
Os setores econômicos mais afetados são: audiovisual (filmes), balanças, bebidas alcoólicas, brinquedos, celulares, cigarros, combustíveis, cosméticos e higiene pessoal, defensivos agrícolas, material esportivo, óculos, PCs, perfumes importados, TV por assinatura, vestuário e fármacos.
O segmento que mais perdeu empregos com a ilegalidade foi o vestuário, com a estimativa de 67 mil postos de trabalho. Com ele, o setor farmacêutico também foi um dos mais afetados com impacto de 20,7 mil postos de trabalho e o setor de combustíveis, com impacto estimado de 15,5 mil empregos.
Os furtos de energia geraram uma perda de R$ 6,3 bilhões, correspondente a perda de arrecadação tarifária das concessionárias. A perda em 2022 foi superior a 14% de acordo com a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), e é variado a depender da região. A região Norte é cerca de 45%.
Ligações ilegais na rede de abastecimento de água, tem uma estimativa R$ 14 bilhões em 2022. O índice das perdas é mais de 14%, e o volume total furtado por ano equivale a 2,6 vezes o volume do Sistema Cantareira. O cálculo foi feito com base em dados do SNIS (Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento.
