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Pesquisa aponta crescimento no número de consumidores idosos vinculados a planos de saúde ao longo da última década

Mais de 200 mil idosos foram expulsos do mercado de saúde suplementar entre fevereiro de 2022 e 2023

Por Da Redação
Pesquisa aponta crescimento no número de consumidores idosos vinculados a planos de saúde ao longo da última década
Foto: Pexels

O Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS) divulgou recentemente uma pesquisa que aponta para um crescimento no número de consumidores idosos vinculados a planos de saúde ao longo da última década. No entanto, o estudo revela uma realidade mais complexa, na qual o envelhecimento natural dos consumidores é o principal fator impulsionador desse aumento, levando muitos deles a enfrentar dificuldades em arcar com mensalidades cada vez mais elevadas para manter seus planos.

Contrariando a narrativa das entidades representativas dos planos de saúde, o período entre fevereiro de 2022 e o mesmo mês deste ano mostrou que mais de 200 mil idosos foram expulsos do mercado de saúde suplementar, superando o número de novas adesões. 

"Ao contrário do que tentam nos fazer crer, é nos planos coletivos que vemos o maior crescimento relativo do número de idosos, planos estes que não possuem limites de reajustes e podem ser cancelados de forma unilateral a qualquer momento", esclarece Ana Navarrete, coordenadora do programa de Saúde do Idec. "Estamos diante de consumidores que enfrentam vínculos cada vez mais frágeis com o mercado, sujeitos a cancelamentos diretos ou indiretos, devido a reajustes abusivos e proibitivos", acrescenta.

O fenômeno do envelhecimento não afeta somente o setor de saúde suplementar, mas toda a sociedade brasileira, com impactos significativos e acelerados. O enfrentamento desse desafio requer uma abordagem coletiva e intersetorial, especialmente no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), onde será necessário fortalecer e adaptar a Atenção Básica para atender às novas demandas de saúde da população idosa. Além disso, a assistência social deve valorizar aqueles que se dedicam ao cuidado dessas pessoas, promovendo uma Política Nacional de Cuidados.

Para o Idec, a discussão sobre a saúde suplementar deve se concentrar na revisão das políticas de prevenção, promoção, cuidado e gestão, em vez de tratar o envelhecimento como um fator de risco a ser "amortizado" pelas empresas por meio de práticas abusivas e expurgos, como a divulgação de dados avulsos e incompletos sugere.

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