Pesquisa aponta prejuízos de memória em infectados por covid-19
Mudanças acontecem entre 20 e 30 dias após a infecção

Foto: Agência Brasil
Pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UniRio) descobriram que quando a proteína Spike do SARS-CoV-2 é injetada no cérebro de camundongos, causa alterações de memória. Essas mudanças acontecem de forma tardia, em aproximadamente 20 a 30 dias após a infecção, assim como acontece com seres humanos infectados pelo vírus da covid-19.
Pesquisas clínicas com pacientes que tiveram covid-19 mostraram que, depois que passa a fase aguda da doença, eles têm um prejuízo da memória que aparece meses depois.
Ao mesmo tempo, os 25 pesquisadores das duas instituições identificaram moléculas que, quando estão inibidas, não há esse prejuízo de memória. Para bloquear as moléculas que causavam as perdas de memória, foram usados animais geneticamente modificados que tinham deleção, ou remoção, de uma proteína.
No entanto, já existem medicamentos no mercado, usados para tratar artrite reumatoide, que poderiam ser testados em pacientes com covid-19 ou que já tiveram a doença, para ver se é possível prevenir essa perda de memória.