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Pesquisa aponta que em 30 anos fatores de risco para doenças crônicas pioraram no Brasil

 O uso abusivo de álcool e o consumo excessivo de carne vermelha aumentaram 41% e 61%, respectivamente.

Por Da Redação
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Pesquisa aponta que em 30 anos fatores de risco para doenças crônicas pioraram no Brasil

Foto: Pixabay

Um estudo analisou dados de 1990 a 2019 e concluiu que as doenças crônicas não transmissíveis, como cânceres, diabetes e patologias cardiovasculares, representam um desafio para a saúde pública. 

A pesquisa científica foi publicada na Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, na última segunda-feira (7), e identificou também que apesar das dietas pobres em frutas e vegetais terem diminuído, juntamente com o tabagismo, ao longo desses 30 anos, houve aumento do uso abusivo de álcool (41%) e o consumo excessivo de carne vermelha (61%).

Os índices metabólicos relevantes, como Índice de Massa Corpórea (IMC), hiperglicemia e disfunção renal, também pioraram nas últimas décadas, conforme a pesquisa.

Somente em 2019, as doenças crônicas levaram a 73,6% dos óbitos mundiais e a mais da metade das mortes de brasileiros, incluindo 300 mil prematuras (antes dos 70 anos).

O risco da morte, principalmente a prematura, pode ser reduzido com mudanças em hábitos cotidianos da população, historicamente influenciados por políticas públicas. Uma dessas formas é reduzindo o tabagismo, de acordo com uma das autoras do estudo, Deborah Carvalho Malta. Ela afirma que hoje são necessários mais investimentos para medidas bem sucedidas. 

Segundo os pesquisadores, o Brasil precisa de maior investimento em prevenção a doenças não transmissíveis para atingir o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável da OMS, que busca reduzir em um terço a mortalidade prematura por doenças não transmissíveis através de prevenção e tratamento até 2030.

“O Estado deve manter medidas regulatórias e incentivar políticas de redução de desigualdades. Estamos vendo uma explosão de alimentos ultraprocessados de baixo custo, ao mesmo tempo que a população ganha menos e não consegue comprar alimentos saudáveis”, afirma Malta.

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