Pesquisa que questiona efeito do uso de máscaras teve publicação recusada
Estudo foi realizado entre abril e maio, quando não era obrigatório usar máscara no país

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Após três das principais revistas médicas do mundo se recusarem a publicar um estudo dinamarquês sobre o efeito do uso de máscaras, onde respondem se a utilização do equipamento facial protegem contra o coronavírus e reduzem a disseminação ou não, foi publicado ontem (18), no periódico Annals of Internal Medicine do American College of Physicians.
De acordo com a pesquisa, que foi recusada pela ‘The Lancet’, o ‘New England Journal of Medicine’ e a revista ‘JAMA da American Medical Association’, a recomendação de utilizar máscaras cirúrgicas não reduziu a taxa de infecção do novo coronavírus entre os usuários em mais de 50% em uma comunidade com taxas de infecção elevadas.
O estudo indica que usar máscara tem apenas um efeito leve para proteção da Covid-19. Um dos autores, Kasper Iversen (Universidade de Copenhague), declarou à AFP que "as recomendações atuais (de usar máscara quando for impossível o distanciamento social) não são questionadas seriamente pelo estudo", que foi realizado com 6 mil pessoas e revelou que 1,8% de quem usa máscara adquiriu a Covid-19, contra 2,1% entre aqueles que não a usam.
Apesar de ter indicado que o uso da máscara tem um pequeno efeito protetor, não foi possível estabelecer um significativo estatístico da amostra, segundo seus autores.
É importante destacar que apesar de ter sido publicado recentemente, o estudo, denominado "Dinamarca-19", foi realizado entre abril e maio, quando quase ninguém usava máscara no país, exceto nos serviços de doenças contagiosas dos hospitais.


