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Pesquisa revela que faturamento do mercado editorial com livros digitais apresentou aumento real de 36% em 2020

Receita gerada pelos conteúdos digitais, no último ano foi de R$ 147 milhões

Por Da Redação
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Pesquisa revela que faturamento do mercado editorial com livros digitais apresentou aumento real de 36% em 2020

Foto: Reprodução/Tecnoblog

Aos poucos, os brasileiros parecem estar se acostumando aos livros digitais. Em 2020, o faturamento das editoras com conteúdo e-books, audiolivros e outros conteúdos digitais cresceu 36%, em valores reais (descontada a inflação), de acordo com a Pesquisa Conteúdo Digital do Setor Editorial Brasileiro, divulgada nesta quinta-feira (1º). A receita gerada pelos conteúdos digitais, no ano passado, foi R$ 147 milhões, dos quais R$ 103 milhões se referem a unidades vendidas e R$ 44 milhões a outras plataformas de distribuição.

A pesquisa foi coordenada pela Câmara Brasileira do Livro (CBL) e pelo Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL) e realizada pela consultoria Nielsen Book. O conteúdo digital representava 4% do mercado editorial brasileiro em 2019 e avançou para 6% no ano passado, quando atingiu a marca de 8,57 milhões de cópias vendidas (81% a mais do que no ano anterior), dos quais 92% são e-books e 8% são áudio livros. De todos os e-books vendidos, 41% eram de ficção e 39% de não ficção.

Os livros científicos, técnicos e profissionais corresponderam a 20% dos livros digitais comercializados. A receita gerada por bibliotecas virtuais cresceu 39% em 2020. Já quem prefere ouvir a ler demonstrou maior gosto pela não ficção: 70% dos audiolivros vendidos pertencem à categoria. Marcos da Veiga Pereira, presidente do SNEL, afirma que estamos assistindo à uma mudança nos hábitos de leitura, que tem consumido mais não ficção do que ficção.

"O entretenimento via streaming de vídeo compete diretamente como a literatura de ficção.", diz Pereira. Apesar do crescimento, o mercado digital ainda é tímido no Brasil. Editoras europeias e americanas costumam tirar mais de 20% de seu faturamento da venda de conteúdo digital.

O aumento da procura por conteúdo de digital em 2020 está relacionado à queda do preço dos e-books, que ficaram 25% mais baratos após o início da pandemia, quando as editorias investiram pesado em promoções para manter mercado minimamente aquecido.

Pereira acredita, no entanto, que, em 2021, o mercado do livro digital deve crescer pelo menos dois dígitos. A economista Mariana Bueno, responsável pela pesquisa aponta alguns entraves capazes de limitar a expansão do livro digital no país.

"A pesquisa Retratos da Leitura mostra que a maior parte do conteúdo digital é lido em PDF e no comutador, ou seja, provavelmente é pirateado. Além disso, por mais que os e-books e audiolivros sejam fáceis de baixar, os planos de internet móvel são muito limitados.", afirma.

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