Pesquisadores do MIT criam inteligência artificial para traduzir línguas "mortas"

Algoritmo procura proximidade entre as línguas antigas e atuais

Por Da Redação
Ás

Pesquisadores do MIT criam inteligência artificial para traduzir línguas "mortas"

Foto: Reprodução/TecMundo

Uma equipe de pesquisadores do Laboratório de Ciência da Computação e Inteligência Artificial do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts) anunciou na última quarta-feira (21) a criação de um algoritmo de decifração capaz de fornecer automaticamente o significado de linguagens perdidas há muito tempo, mesmo que não tenham qualquer relação com outros idiomas.

O projeto se baseia em um artigo escrito no ano passado pela professora Regina Barsilay e do estudante de doutorado Jiaming Luo que decifrou duas línguas mortas: o ugarítico e o Linear B, que levaram muitos anos para serem decifradas pelos humanos. Porém, essas línguas estavam relacionadas às primeiras formas do hebraico e do grego.

Com o novo sistema, a relação entre línguas é inferida diretamente pelo algoritmo. Essa questão era um dos maiores desafios da decifração. No caso do Linear B, um silabário utilizado pela Civilização Micênica entre os séculos XV a.C. e XII a.C., foram necessárias décadas de estudo para que se chegasse à sua decifração.

Para trabalhos futuros, a equipe pretende expandir a decifração para além do ato de conectar textos a palavras relacionadas a uma linguagem já conhecida. Uma nova abordagem envolveria identificar o significado semântico das palavras, mesmo sem saber lê-las.

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie:redacao@fbcomunicacao.com.br
*Os comentários podem levar até 1 minutos para serem exibidos

Faça seu comentário