Pessoas que participaram do revezamento da tocha nos Jogos Olímpicos do Rio vendem réplicas por até R$ 35 mil
Participantes viram no objeto uma forma de renda em meio a pandemia

Foto: Reprodução/Gazeta Esportiva
Em plena pandemia do coronavírus, agravada com as restrições impostas em determinados momentos, os torcedores que estiveram presentes nas Olímpiadas de 2016, no Rio de Janeiro, estão se desfazendo de suas réplicas da tocha olímpica para reaver o dinheiro escasso e não deixar faltar o básico em casa. Os anúncios na internet podem chegar a até R$ 35 mil pela relíquia.
“Vi as minhas vendas caírem drasticamente. Então percebi logo que precisava ter uma reserva para manter a família. Infelizmente, a tocha seria uma saída para isso. Tenho a preocupação com a minha esposa e meus filhos e sei que não vivemos dos bens materiais. O mais importante é a saúde física, mental e o bem estar da nossa família”, disse Theo Dantas, representante da área comercial que carregou a tocha em Palmas (TO) e que hoje pede R$ 35 mil pelo objeto.
Até chegar ao Rio, em 2016, as tochas compuseram um total de 20 mil km percorridos, em 95 dias, passando por 300 cidades. Ao todo, mais de 12 mil condutores se revezaram em uma cerimônia que salientava alguns os valores dos jogos como a excelência, a amizade e o respeito. Atletas e personalidades, em geral, eram agraciados com uma tocha dos patrocinadores.
A população não-contemplada no programa dos patrocinadores, precisava desembolsar R$ 1.985 para carregar a tocha por alguns 100 metros e levá-la para casa. O objeto mede 69 cm, pesa 1,5 kg e tem inspiração no calçadão da orla de Copacabana. O sol, as montanhas e o mar também estão representados na peça desenhada por um escritório paulistano de design.


