PF abre inquérito para identificar ataques hacker à sistema da Saúde

Invasão deixou serviços relacionados à vacinação indisponíveis

Por Da Redação
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PF abre inquérito para identificar ataques hacker à sistema da Saúde

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A Polícia Federal abriu, nesta sexta-feira (10), um inquérito para investigar os ataques hacker sofrido pelo sistema do Ministério da Saúde. A invasão deixou indisponíveis serviços relacionados à vacinação, como a emissão do Certificado Nacional de Vacinação Covid-19 e da Carteira Nacional de Vacinação Digital.

A investigação deve ser feita por uma equipe do Núcleo de Operações de Inteligência Cibernética da PF, para apurar os crimes de invasão de dispositivo informático; interrupção ou perturbação de serviço informático, telemático ou de utilidade pública; e associação criminosa. 

“Uma equipe da Polícia Federal do Núcleo de Operações de Inteligência Cibernética se deslocou para o ‘data center’ do Ministério da Saúde (DATASUS), onde foram procedidas as primeiras análises periciais para a investigação policial. Foi constatado que os bancos de dados de sistemas do Ministério da Saúde não foram criptografados pelos hackers”, comunicou a PF.

A criptografia, comumente utilizada para proteger informações e deixá-las ilegíveis, impede o acesso de terceiros. A polícia aponta que o processo não teria sido feito pelos hackers que invadiram o sistema.

Ministério vai informar à países sobre dados perdidos

O secretário-executivo do Ministério da Saúde, Rodrigo Cruz, afirmou, nesta sexta-feira (10), que os países com voos diretos do Brasil deverão ser avisados sobre a queda dos dados do sistema de vacinação brasileiro. A medida acontece em conjunto com o Ministério das Relações Exteriores (MRE). 

"A gente entrou em contato com o MRE, que prontamente se colocou à disposição para comunicar todos aqueles países que nos próximos dias receberão voos do Brasil sobre o ocorrido. Até então, o brasileiro poderia entrar nesses locais com certificado digital. Vamos informá-los de que o Brasil sugere que cartão [de vacinação] físico seja aceito", informou. 

Além disso, o secretário afirmou que ainda não há prazo para que os dados sejam restabelecidos. 

“O que a gente ainda não conseguiu restabelecer foram as informações que tratam do registro da vacinação. O time está trabalhando intensamente pra conseguir restabelecer isso o mais rapidamente possível”, concluiu.

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