A Polícia Federal (PF) abriu nesta sexta-feira (08), um inquérito para apurar ameaças relatadas pelo juiz federal Renato Borelli, responsável pela prisão do ex-ministro da Educação Milton Ribeiro. Segundo o magistrado, o carro dele teria sido atingido no para-brisa por terra e ovos. 

Borelli relata ainda que vem sofrendo retaliações desde a deflagração da Operação Acesso Pago, que investiga um suposto tráfico de influência e corrupção para a liberação de recursos públicos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). De acordo com ele, a decisão gerou ainda ameaças pela internet, atribuídas pela Justiça Federal a "grupos de apoio" ao ex-ministro.

O  desembargador do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), Ney Bello, revogou ainda no último mês a decisão de Borelli e determinou a soltura de Milton Ribeiro e dos pastores Arilton Moura e Gilmar Santos, que também foram presos e são investigados no âmbito do mesmo inquérito. 

Em nota, a defesa de Ribeiro aponta que "inexiste razão para a prisão preventiva editada" e que a "custódia é injusta, desmotivada e indiscutivelmente desnecessária".