PGR denuncia 15 envolvidos na venda de decisões no TJ–BA
Eles são acusados pelos crimes organização criminosa e lavagem de dinheiro

Foto: José Cruz/Agência Brasil
A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou nesta terça-feira (10), 15 pessoas – entre elas quatro desembargadores do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ/BA), dentre eles o último presidente da Corte, Gesivaldo Brito, e três juízes estaduais, pelos crimes de organização criminosa e lavagem de dinheiro.
O material foi encaminhado ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), em decorrência de inquérito instaurado a partir da descoberta de indícios da existência de uma organização criminosa que operou entre 2013 e 2019, e que tem como principal operador Adaílton Maturino dos Santos. O esquema envolveu a venda de sentenças e outros crimes que tinham como propósito permitir a grilagem de terras no oeste do estado baiano.
Ao descrever o conjunto de provas que sustentam a acusação, a PGR menciona a análise de dados telefônicos e bancários dos envolvidos, sobretudo dos membros do núcleo judicial denunciados, e seu relacionamento com os demais operadores do esquema. Foram verificados, entre outras provas, troca de ligações em datas próximas a atos processuais, contatos variados com advogados ligados a outros integrantes da organização criminosa, além de movimentações financeiras de valores expressivos, em espécie e sem a indicação da origem.
A Operação Faroeste foi deflagrada no último dia 19 pela Polícia Federal.
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