PIB do terceiro trimestre deve confirmar avanço de 0,4%

De acordo com analistas, a atividade vive uma retomada, mas ainda modesta

[PIB do terceiro trimestre deve confirmar avanço de 0,4%]

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O Produto Interno Bruto (PIB) subiu 0,4% de julho a setembro em relação aos três meses anteriores, feitos os ajustes sazonais, mesmo ritmo registrado no segundo trimestre. As informações são da Valor.

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulga nesta terça-feira (3), o resultado das contas nacionais trimestrais. Para a comparação com o trimestre imediatamente anterior, as projeções vão desde alta de 0,2% até 0,9%. Em relação ao terceiro trimestre do ano passado, a expectativa mediana é que a economia brasileira tenha crescido 1%, magnitude idêntica à observada na medição anterior. E esse também é o ritmo esperado para o avanço do PIB na média de 2019.

De acordo com analistas, a atividade vive uma retomada, mas ainda modesta e desigual entre os setores. Com a redução dos juros e o impulso do crédito, o maior beneficiado é o consumo das famílias, que, neste trimestre, ainda contou com o efeito inicial dos saques do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Por isso, mediana de 12 projeções aponta alta de 0,6% do consumo de julho a setembro.

Por outro lado, a combinação de desaceleração da economia global, escalada da guerra comercial entre Estados Unidos e China e recessão mais forte na Argentina derrubou as exportações, que, segundo 12 economistas, recuaram 2,3% do segundo para o terceiro trimestre. Do lado da oferta, o setor mais prejudicado pela piora do ambiente externo foi a cujo PIB deve ter praticamente andando de lado no período, com alta de 0,1%, calculam 13 analistas.

Além disso, os economistas observam, no entanto, que o terceiro trimestre conta com incerteza adicional nas projeções: é sempre neste período do ano que o IBGE divulga revisões de resultados anteriores das contas nacionais. Desta vez, a base de 2018 será revista.

O terceiro trimestre terminou com comportamento mais positivo da atividade, que cresceu no comércio, nos serviços e até na indústria em setembro, mas mesmo assim ainda não há sinais de recuperação consistente para toda a economia. 


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