PIB per capita deve fechar o ano 7,5% abaixo do pico de 2013
Previsão é que a população só deve retornar ao nível de riqueza de antes da pandemia a partir de 2023

Foto: Reprodução/R7
Diante da piora das expectativas para o desempenho da economia brasileira em 2021 e 2022, a previsão é que a população só deve retornar ao nível de riqueza de antes da pandemia a partir de 2023. Já a recuperação do patamar de Produto Interno Bruto (PIB) per capita de 2013, o mais alto já registrado no país, ainda pode esperar quase uma década, segundo o levantamento do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV).
O PIB per capital avalia o bem estar e nível de renda de uma nação, apesar de suas limitações, por conta das desigualdades do país.
O indicador é a soma do que o país produz dividido pelo número de habitantes. O PIB per capita sobe quando a atividade econômica progride num ritmo mais rápido do que o crescimento populacional. Já quando existe retração na economia, ele encolhe de forma mais acentuada, uma vez que a riqueza total do país diminui e a população continua em crescimento no Brasil.
Em 2020, o PIB despencou 4,1%, ao passo que o PIB per capita tombou 4,8%, a maior queda já registrada em 25 anos, ficando em R$ 35.172 por habitante.
O Ibre/FGV prevê que o PIB per capita vai crescer 4,1% em 2021. Dessa forma, o brasileiro deverá terminar o ano ainda 0,9% mais pobre na comparação com 2019 e 7,5% abaixo da máxima histórica de 2013. Já em 2022, a projeção é de um avanço de somente 0,8%, deixando o indicador ainda 0,1% inferior ao nível pré-pandemia.
O levantamento analisa as últimas projeções do Ibre para o crescimento da economia brasileira. O instituto reduziu, em setembro, sua projeção do avanço do PIB total de 5,2% para 4,9% em 2021. Já a previsão para o crescimento de 2022 baixou de 1,6% para 1,5%.