Pico da Ômicron no Brasil pode acontecerem três semanas

Caso a variante se comporte como os países da europa, logo após o pico virá a queda de casos

Por Da Redação
Ás

Pico da Ômicron no Brasil pode acontecerem três semanas

Foto: Fotograzia/Getty Images

Não é mais novidade que a Ômicron tem causado um verdadeiro tsunami de casos pelo mundo. Mas estudos mostram que há um tempo de semanas entre o aumento vertiginoso de novas infecções, o pico e a queda no número de pessoas positivadas com o vírus. Se o Brasil seguir esse padrão de contágio, estaríamos a duas ou três semanas do pico e, assim, logo em queda. 

Um exemplo disso é o continente africano, local onde a Ômicron foi identificada primeiro. Após atingir o pico de casos em 17 de dezembro de 2021, com 23 mil infecções, agora possui cerca de 4.636 pessoas com o vírus ativos - número menor que nos primeiros dias do mês do último mês de 2021.

O infectologista, professor da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) e pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Julio Croda, diz que o padrão na curva dos outros países é claro: subida por cerca de cinco semanas e, depois, queda, e que no Brasil, isso deve se repetir. 

"Vamos observar essa curva aqui e o estado onde isso será visto precocemente é São Paulo, que teve os primeiros casos. No entanto, como teve réveillon e férias, houve uma sincronização entre as regiões. É um tsunami que vem e vai muito rapidamente. Se considerarmos a semana entre Natal e Ano Novo como a curvatura epidemiológica, teremos o começo da queda no início de fevereiro. Isso, claro, se a nossa curvatura epidêmica se comportar de forma semelhante", afirma o professor em entrevista ao O Glovo.

A professora da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), Ethel Maciel, que tem pós-doutorado em epidemiologia pela Universidade Johns Hopkins, considera a Ômicron “mais explosiva” do que as outras cepas do SARS-CoV-2, por isso a curva dessa variante é tão aguda.

Maciel alertou que falta mais exatidão nos dados sobre a pandemia no Brasil. "O problema no Brasil é o de sempre: não temos menos noção ainda do que está garantido. É difícil cravar com precisão", afirma a PhD ao O Globo.

Além disso, fatores regionais também podem interferir no comportamento da Ômicron, como o fim das férias escolares e a volta às aulas, ou ainda, as festas de Carnaval. 

O infectologista Filip da Veiga destaca, no entanto, que há formas de prevenir um repique da onda de casos. "O 'Vaccines-plus' é uma sequência de orientações dadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS) no fim de 2021, se somam à vacina: autotestes, isolamento por sete dias e uso de máscaras melhores, que não de pano, para reforço uma barreira. Os países que adotam testagem maciça e autoisolamento, em duas semanas têm 30% de queda de casos", diz Veiga em entrevista ao O Globo.

Veiga afirma que tudo indica que essa onda será mais breve, porém não dá pra relaxar com os cuidados sanitários. "

Para o médico, embora tudo indique que essa onda vai ser mais breve, não dá para relaxar. "Acho que alguns estados podem enfrentar no sistema de saúde. As vacinas ditam como vão ser mortes e internações, mas é o comportamento humano que dita a transmissão", salienta.

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