PL, partido de Bolsonaro, desiste de ação contra Lollapalooza
Justiça Eleitoral foi acionada por falas políticas no festival, que terminou domingo (27)
O Partido Liberal (PL) encaminhou nesta segunda-feira (28) ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) um pedido de desistência da ação movida contra o festival Lollapalooza. O processo motivo no último final de semana pedia a proibição de manifestações políticas no evento.
No documento protocolado nesta segunda, o PL pede que o processo seja arquivado, mas não esclarece o motivo da mudança de posicionamento. "Partido Liberal - 22, já qualificado nos autos, vem, respeitosamente, requerer a desistência da ação, com consequente arquivamento do feito", afirma a petição assinada por quatro advogados.
Ainda na sexta-feira (25), primeiro dia de festival, o partido afirmou que teria sido feita "propaganda eleitoral antecipada" após músicos como Pabllo Vittar e a cantora internacional Marina se posicionarem contra o presidente Jair Bolsonaro. Na ocasião, Vittar ainda carregou uma bandeira em apoio ao ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT).
No sábado (26), o ministro do TSE, Raul Araújo, havia determinado que o Lollapalooza vetasse manifestações políticas similares de artistas, sob pena de multa de R$ 50 mil. Até o momento, no entanto, não se sabe sobre nenhuma multa efetivamente aplicada. Além disso, diversos artistas continuaram a se posicionar contra o governo atual.
Agora, cabe ao ministro relator, Raul Araújo decidir sobre o pedido do PL, podendo acatar a demanda e arquivar o processo ou, se preferir, levar o tema ao julgamento do plenário do TSE.
