PMs que participaram de ação em Paraisópolis devem ser afastados

Testemunhas da ação também começam a ser ouvidas nesta segunda (2)

[PMs que participaram de ação em Paraisópolis devem ser afastados]

FOTO: Reprodução

Seis policiais militares envolvidos na ação que resultou na morte de nove pessoas durante um baile de funk na madrugada deste domingo (1), em Paraisópolis (SP), devem ser afastados segundo solicitação da Ouvidoria das polícias de São Paulo enviadas nesta segunda (2).

A ouvidoria também solicitou para a polícia técnica, os laudos balístico, para avaliar as armas recolhidas no local da ação e o exame de necrópsia nas vítimas, para identificar a causa da morte. A princípio, as vítimas foram mortas após serem pisoteadas. 

Caso seja o pedido seja acatado, os agentes ficam fora de operação até o final da investigação.

O caso aconteceu na madrugada de domingo (1), na comunidade de Paraisópolis, na zona sul de São Paulo. Além dos nove mortos, 12 pessoas também ficaram feridas.

Nesta segunda (2), frequentadores do baile, parentes de vítimas e outros policiais que ajudaram a socorrer as vítimas começam a ouvidas pela Polícia Civil.  

De acordo com a polícia, agentes do 16º Batalhão de Polícia Militar Metropolitano (BPM/M) realizavam uma Operação na comunidade quando foram alvo de tiros disparados por dois homens em uma motocicleta. A dupla teria fugido em direção ao baile funk ainda atirando, o que provocou tumulto entre os frequentadores do evento, que tinha cerca de 5 mil pessoas.

No entanto, os frequentadores do baile negam a versão dos PMs. A mãe de uma adolescente de 17 anos que estava no local e que foi agredida com uma garrafa disse que os policiais fizeram uma emboscada para as pessoas que estavam no baile.

Vídeos que circulam nas redes sociais também mostram os policiais agredindo transeuntes que circulavam pelo local. O porta-voz da Polícia Militar, o tenente-coronel Emerson Massera, informou que os vídeos que mostram agressões de policiais serão analisados. “Nós recebemos as imagens, todas as imagens já estão incluídas no inquérito policial militar para serem analisadas. Nós não temos certeza de que tudo tenha acontecido nesta madrugada, mas de alguma forma algumas imagens nos sugerem abusos, nos sugerem uma ação desproporcional por parte da polícia e evidentemente que o rigor na apuração vai responsabilizar quem efetivamente cometeu algum excesso, cometeu algum abuso.”

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