Polícia de São Paulo prende 66 pessoas envolvidas em esquema de adulteração de bebidas

A Polícia Civil de São Paulo prendeu 66 pessoas envolvidas em esquemas de adulteração e falsificação de bebidas alcoólicas desde o início de 2025. O balanço foi apresentado pelo delegado-geral Arthur Dian durante a primeira sessão da CPI do Metanol, realizada nesta terça-feira (28) na Câmara Municipal de São Paulo.

A comissão investiga casos de intoxicação por metanol, substância altamente tóxica que já causou nove mortes no estado e 15 em todo o país, além de 58 casos confirmados de contaminação 22 deles na capital. A CPI é presidida pela vereadora Zoe Martinez (PL) e tem relatoria da vereadora Sandra Santana (MDB). O secretário municipal de Segurança Urbana, Orlando Morando, também participou da reunião.

Segundo Dian, as ações de combate à adulteração de bebidas já vinham sendo intensificadas antes dos casos recentes e contam com integração entre a Polícia Civil, o Deic e forças de outros estados. Ele destacou ainda a criação do Gabinete de Pronta Resposta, lançado pelo governo estadual em setembro, e disse que a Polícia Civil pretende ampliar o número de unidades especializadas nesse tipo de crime.

As investigações seguem com a análise de celulares, notas fiscais e documentos apreendidos para identificar se comerciantes e distribuidores sabiam da fraude ou se também foram vítimas. A CPI deve ouvir nos próximos dias familiares das vítimas e donos de estabelecimentos investigados, com o objetivo de propor novas medidas de prevenção e responsabilização. Polícia já prendeu 66 pessoas envolvidas em adulteração de bebidas em 2025.

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