Polícia Federal tem R$ 2,1 bilhões em bens do crime organizado
Recorde de apreensões supera, em muito, a última década

Foto: Marcelo Camargo | Agência Brasil
Nos últimos oito anos, a Polícia Federal registrou o maior número de apreensões de bens provenientes do crime organizado: R$ 2,1 bilhões. Com itens que vão de aviões e fazendas, à chaveiros e chinelos, o montante se torna muito superior aos registrados na década anterior. Os números são de 2010 à 2018. As apreensões ocorridas em 2019, ainda não estão contabilizadas.
No ranking dos estados onde mais ocorreram apreensões, o Paraná é o líder, responsável por 36% dos bens sequestrados, somando R$ 772,3 milhões. Este valor absurdo se deve a prisão do traficante Luiz Carlos da Rocha, o Cabeça Branca. O traficante, preso em 2017, tinha a maior parte de seus negócios no Estado e chegou a movimentar R$ 1,2 bilhão com o tráfico.
O estado do Mato Grosso do Sul é o segundo colocado, com 10,07% das apreensões, somando cerca de R$ 212 milhões, e São Paulo, ficou em terceiro lugar, com 9,58%, o equivalente a R$ 201 milhões em bens sequestrados do crime organizado. O Rio de Janeiro foi responsável por 1,93% das apreensões, o que representa cerca de R$ 40 milhões em bens.
O ministério da Justiça informa que tem se dedicado para acelerar a venda dos bens apreendidos em operações envolvendo tráfico de drogas e, em breve, fará um grande leilão aberto para quem tiver interesse nos lotes.