Polícia indicia Bandeira de Mello e outras sete pessoas por tragédia no CT do Flamengo
Ex-presidente Rubro-Negro vai responder por homicídio doloso pelas mortes de dez jogadores no incêndio no Ninho do Urubu, em fevereiro

Foto: Reprodução
A Polícia Civil do Rio de Janeiro indiciou o ex-presidente do Flamengo, Eduardo Bandeira de Mello, e outras sete pessoas pelas mortes de dez atletas, no incêndio ocorrido no CT do Flamengo, dia 8 de fevereiro deste ano.
O inquérito que foi assinado pelo delegado Márcio Petra, que também solicita o indiciamento por dolo eventual (Segundo a legislação penal brasileira, é um tipo de crime que ocorre quando o agente, mesmo sem querer efetivamente o resultado, assume o risco de produzir) de engenheiros do Flamengo e da empresa NHJ, responsável por elaborar os containers, e também de um técnico de refrigeração.
O dirigente afirma que como ainda não foi notificado pela justiça, não pode se manifestar. O Flamengo deu o mesmo posicionamento.
Confira abaixo a lista dos indiciados:
Danilo da Silva Duarte, engenheiro da NHJ;
Edson Colman da Silva, técnico em refrigeração;
Eduardo Bandeira de Mello, ex-presidente do Flamengo;
Fábio Hilário da Silva, engenheiro da NHJ;
Luis Felipe Pondé, engenheiro do Flamengo;
Marcelo Sá, engenheiro do Flamengo;
Marcus Vinícius Medeiros, monitor do Flamengo;
Weslley Gimenes, engenheiro da NHJ.
Entenda o caso
No dia 8 de fevereiro deste ano, um incêndio tomou conta do Centro de Treinamento do Flamengo e matou dez jogadores da base do clube. Os jovens que tinham entre 14 a 17 anos dormiam em um alojamento improvisado com contêiners, quando o fogo se alastrou e destruiu o espaço. Treze atletas escaparam e outros três foram resgatados entre as chamas.