A polícia investiga se Érika de Souza Vieira Nunes, sobrinha que levou o tio morto em uma agência bancária, tentou obter empréstimos em três bancos distintos. O delegado Fábio Luiz da Silva Souza, titular da 34ª DP (Bangu), afirmou que solicitará à Justiça do Rio de Janeiro a quebra do sigilo bancário de Paulo Roberto Braga, de 68 anos, para acessar informações cruciais sobre seu perfil financeiro.

O acesso aos registros bancários, incluindo dados pessoais, movimentações financeiras e investimentos, será fundamental para compreender o contexto do caso. O delegado destacou que imagens do shopping onde ocorreu o incidente mostram o idoso aparentemente já falecido enquanto estava sendo levado para o banco. Érika está detida sob acusação de tentativa de furto mediante fraude e vilipêndio de cadáver.

Durante a audiência de custódia, a juíza Rachel Assad da Cunha classificou a ação como "repugnante e macabra", determinando a prisão preventiva da suspeita. O corpo de Paulo Roberto será sepultado no Cemitério de Campo Grande, neste sábado (20), com horário a ser definido.

A defesa de Érika entrou com um pedido de habeas corpus na 2ª Vara Criminal de Bangu, alegando que a acusada possui uma filha de 14 anos dependente de cuidados especiais. Os advogados sustentam que ela não tem intenção de obstruir as investigações e sempre agiu de forma honesta.

A defesa argumenta que os indícios contra Érika se baseiam apenas em especulações e clamor público, apresentando fotos do idoso ainda vivo na UPA de Bangu, antes do incidente ocorrido na agência bancária.