Por que não se deve misturar tipos diferentes de óleo no carro

Óleo deve seguir especificação recomendado pela montadora

Por Marcos Camargo Jr.
Às

Por que não se deve misturar tipos diferentes de óleo no carro

O óleo lubrificante é para o motor o que o sangue representa para o corpo humano: vital para o funcionamento, a durabilidade e a eficiência. Ele deve ser trocado regularmente — em média a cada 10.000 km ou conforme a recomendação de cada fabricante, podendo variar de acordo com o tipo de uso e as condições de rodagem. Mas surge uma dúvida frequente: é seguro completar o nível de óleo com um produto diferente ou misturar tipos distintos?

A resposta é unânime entre fabricantes e mecânicos: jamais se deve misturar óleos diferentes nem completar o nível com um produto de outra especificação.

Funções do óleo lubrificante

Mais do que apenas reduzir o atrito, o óleo do motor desempenha múltiplas funções:

  • Lubrificação: evita desgaste prematuro das peças móveis.
  • Proteção: cria uma barreira contra a corrosão.
  • Arrefecimento: dissipa o calor em áreas onde o líquido de arrefecimento não atua, como os pistões.
  • Vedação: ajuda a reduzir a perda de compressão e melhora a eficiência na transmissão de potência.
  • Limpeza: funciona como um detergente interno, carregando impurezas para o filtro.

 

Sem manutenção adequada, o óleo perde suas propriedades, acumulando resíduos que podem comprometer seriamente o motor.

Por que não misturar óleos?

Cada óleo é formulado com aditivos específicos — detergentes, dispersantes, antioxidantes, antiespumantes, entre outros. Quando óleos de tipos ou marcas diferentes são misturados, esses aditivos podem se anular, comprometendo a proteção e a limpeza do motor. Isso acelera o desgaste interno e pode provocar falhas graves.

Além disso, há diferenças fundamentais entre óleos minerais, semissintéticos e sintéticos. Misturá-los gera incompatibilidades químicas e prejudica a lubrificação adequada, especialmente em motores modernos, que exigem tolerâncias muito precisas.

Seguir a especificação correta

Não basta escolher apenas pela viscosidade indicada no manual, como “5W20” ou “0W30”. É essencial respeitar também a classificação API (American Petroleum Institute) e ACEA, além das homologações específicas de cada montadora. Motores mais atuais são altamente sensíveis não só à lubrificação, mas também ao fluido de arrefecimento, trabalhando dentro de faixas de temperatura estreitas.

Outro ponto fundamental: o filtro de óleo deve sempre ser trocado junto com o lubrificante, já que ele retém as impurezas que circulam pelo sistema.

Consequências 

Ignorar as recomendações ou misturar óleos pode trazer consequências sérias:

  • Vida útil abreviada do motor;
  • Corrosão interna;
  • Formação de borras e depósitos;
  • Aumento de ruídos mecânicos;
  • Risco de travamento completo do propulsor, com alto custo de reparo.

 

Conclusão

O óleo do motor é um dos itens mais simples e, ao mesmo tempo, mais críticos na manutenção automotiva. Para garantir durabilidade e confiabilidade, siga sempre a especificação do fabricante, realize a troca no intervalo recomendado e jamais misture óleos diferentes. Esse cuidado pode evitar reparos caros e preservar o desempenho do seu veículo por muitos anos.

 

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