Por que não se deve misturar tipos diferentes de óleo no carro
Óleo deve seguir especificação recomendado pela montadora

O óleo lubrificante é para o motor o que o sangue representa para o corpo humano: vital para o funcionamento, a durabilidade e a eficiência. Ele deve ser trocado regularmente — em média a cada 10.000 km ou conforme a recomendação de cada fabricante, podendo variar de acordo com o tipo de uso e as condições de rodagem. Mas surge uma dúvida frequente: é seguro completar o nível de óleo com um produto diferente ou misturar tipos distintos?
A resposta é unânime entre fabricantes e mecânicos: jamais se deve misturar óleos diferentes nem completar o nível com um produto de outra especificação.
Funções do óleo lubrificante
Mais do que apenas reduzir o atrito, o óleo do motor desempenha múltiplas funções:
- Lubrificação: evita desgaste prematuro das peças móveis.
- Proteção: cria uma barreira contra a corrosão.
- Arrefecimento: dissipa o calor em áreas onde o líquido de arrefecimento não atua, como os pistões.
- Vedação: ajuda a reduzir a perda de compressão e melhora a eficiência na transmissão de potência.
- Limpeza: funciona como um detergente interno, carregando impurezas para o filtro.
Sem manutenção adequada, o óleo perde suas propriedades, acumulando resíduos que podem comprometer seriamente o motor.
Por que não misturar óleos?
Cada óleo é formulado com aditivos específicos — detergentes, dispersantes, antioxidantes, antiespumantes, entre outros. Quando óleos de tipos ou marcas diferentes são misturados, esses aditivos podem se anular, comprometendo a proteção e a limpeza do motor. Isso acelera o desgaste interno e pode provocar falhas graves.
Além disso, há diferenças fundamentais entre óleos minerais, semissintéticos e sintéticos. Misturá-los gera incompatibilidades químicas e prejudica a lubrificação adequada, especialmente em motores modernos, que exigem tolerâncias muito precisas.
Seguir a especificação correta
Não basta escolher apenas pela viscosidade indicada no manual, como “5W20” ou “0W30”. É essencial respeitar também a classificação API (American Petroleum Institute) e ACEA, além das homologações específicas de cada montadora. Motores mais atuais são altamente sensíveis não só à lubrificação, mas também ao fluido de arrefecimento, trabalhando dentro de faixas de temperatura estreitas.
Outro ponto fundamental: o filtro de óleo deve sempre ser trocado junto com o lubrificante, já que ele retém as impurezas que circulam pelo sistema.
Consequências
Ignorar as recomendações ou misturar óleos pode trazer consequências sérias:
- Vida útil abreviada do motor;
- Corrosão interna;
- Formação de borras e depósitos;
- Aumento de ruídos mecânicos;
- Risco de travamento completo do propulsor, com alto custo de reparo.
Conclusão
O óleo do motor é um dos itens mais simples e, ao mesmo tempo, mais críticos na manutenção automotiva. Para garantir durabilidade e confiabilidade, siga sempre a especificação do fabricante, realize a troca no intervalo recomendado e jamais misture óleos diferentes. Esse cuidado pode evitar reparos caros e preservar o desempenho do seu veículo por muitos anos.