Preço de gasolina acumula alta de 42% desde 2019, aponta levantamento
Número é maior que as outras gestões nos últimos 20 anos

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Diante do corte de tributos federais e da limitação do teto do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre combustíveis, o preço da gasolina tem registrado queda em todo o país. No entanto, mesmo com as reduções, o período do governo de Jair Bolsonaro (PL) acumula alta de 42% no preço da gasolina desde 2019. O número é maior que outras gestões nos últimos 20 anos. As informações são do Metrópoles.
Em janeiro de 2019, o preço média da gasolina era de R$ 4,27, de acordo com a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Já em julho deste ano, até a última sexta-feira (15), o valor médio chegou a R$ 6,07 depois da redução gerada pela mudança no ICMS.
Se a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) for descontada, o preço da gasolina acumula alta de 35% entre janeiro de 2019 e junho de 2022. Esse cálculo, no entanto, não considera a redução do combustíveis registrada em julho porque o mês ainda não terminou e a inflação não foi divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Conforme o levantamento feito pelo Metrópoles, entre 2003 e 2006, no primeiro mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o aumento foi de 17%. De 2007 a 2010, de 3%.
De 2011 a 2014, no mandato de Dilma Rousseff (PT), o preço da gasolina subiu 16%. Entre 2015 e agosto de 2016, quando a presidente sofreu impeachment, a alta foi de 20%. Já durante o governo de Michel Temer (MDB), de agosto de 2016 a 2018, o aumento foi de 19%.