Precursora do papel moeda, China pode tornar-se o primeiro país sem uso do dinheiro físico
Transição definitiva deve ocorrer em cinco anos nos grandes centros

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A República Popular da China, inventora do papel moeda em meados do século VII, poderá ser a primeira nação a extinguir o uso de dinheiro em espécie. Tal medida já pode ser vista nas ruas quando as pessoas vão usar o táxi, pagar as mensalidades escolares ou comprar um maço de rabanetes, através do smartphone que faz a leitura do QR Code e efetua o pagamento.
Nas grandes cidades, o pagamento pelo telefone virou regra. Em 2016, o valor de mercadorias compradas neste meio triplicou, alcançando cerca de 5,83 bilhões de dólares, de acordo com a consultoria iResearch. Essa expansão ainda foi suavizada graças ao vigor do comércio eletrônico, onde os consumidores cada vez mais trocam as tradicionais lojas pelas compras digitais.
O dinheiro físico representava 61% do valor dos pagamentos em 2010, mas deve cair à metade, para 30%, em 2020, segundo a aliança Better Than Cash, apoiada pela ONU para ajudar a transição ao pagamento eletrônico, especialmente em países pobres.
Tais mudanças decorrem, em grande parte, de duas mudanças nos últimos sete anos: o aumento de 31% do PIB per capita, para 6500 dólares, e de 30% na taxa de uso da internet, para 50 em cada 100 chineses. Diante dessas mudanças, a previsão dos especialistas é que a China se torne o primeiro país sem dinheiro físico em alguns anos: a transição definitiva levaria 5 anos nas grandes cidades e 13 anos até que o resto do país se adapte.