Presidente da Febraban defende Banco Central como regulador bancário na condução política monetária
Isaac Sidney ainda convocou instituições financeiras para ajudar

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
O presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Isaac Sidney, defendeu nesta quarta-feira (3), durante apresentação da plataforma para ajudar as pessoas planejar melhor suas finanças, a autonomia do Banco Central como regulador bancário na condução da política monetária, e aproveitou a ocasião para convocar as instituições financeiras para ajudar no combate da inflação.
“Não há alternativa ao BC, senão reagir ao processo inflacionário que tem, além de fatores externos, [a influência de] fatores internos que a potencializam”, disse.
Ainda conforme Sidney, os efeitos da inflação são vistos nas "classes menos favorecidas". “Temos de reconhecer que o BC sozinho não conseguirá vencer essa batalha. Há outros atores que influenciam os andamentos da economia”, alertou referindo-se aos recentes questionamentos em relação ao arcabouço fiscal. “[A questão dos] Precatórios e o Auxílio Brasil causaram sensação de que a política fiscal foi quebrada, mas confio que Guedes [ministro Paulo Guedes, da Economia] e equipe vão manter compromissos da política fiscal”.
“A mensagem que deixamos é de que o espaço que precisa ser aberto para o Auxílio Brasil e para os precatórios não pode representar o fim do arcabouço fiscal. É preciso definir quais são os valores para o auxílio e para os precatórios, de forma a não serem excedidos. E precisamos reduzir o déficit primário de 2021”, concluiu.